Sejam todos muito bem vindos neste blog: Temos a proposta socio-construtivista e queremos que encontrem aqui alguns recursos para o ensino e aprendizagem da Matemática através de artigos, jogos , desafios, filmes entre outras coisas.
Regina.
UMA CONVERSA COM PITÁGORAS DE SAMOS
Segundo Helena Noronha Cury e Carlos Eduardo Mathias Motta, uma conversa imaginária, utilizada no ensino, pode e deve, para uma maior motivação, trazer elementos fantásticos, como a possibilidade de falar com alguém de outra era. No entanto, para que se possa introduzir o recurso das entrevistas no ensino, é necessário que a ficção tenha uma certa dose de credibilidade.
Dessa forma, há necessidade de muita pesquisa e muito estudo para desenvolver essa atividade de modo criativo, trazendo contribuições históricas relevantes para a sala de aula.
Ao apresentar esta conversa, de forma fantasiosa e motivadora, indico por “G” as intervenções feitas por um aluno, personagem fictício (meu filho Gabriel) e ‘P”, as de Pitágoras.
Fazia tempo que Gabriel não sonhava, naquela noite após ter feito suas tarefas que a Profª de Matemática havia passado, adormeceu. De repente, mal adormecera, ele estava caminhando por um vasto deserto, onde não havia nenhuma sombra e muito menos água,. Vestia apenas um calção azul, andou, andou, sentia sede, estava suando e já tinha bolhas nos pés, foi então que avistou um coqueiro solitário. Andou em sua direção, até alcançar o coqueiro. Então ouviu uma voz muito estranha que não lhe parecia familiar.
P: - Oi, Gabriel!
Olhou para cima e...Isso mesmo! Sentado no meio de um coqueiro, um homem estranho, balançando-se nas folhas.
G: - Quem é você? Perguntou Gabriel
P: - Não me conhece? Sou Pitágoras, aquele que sua professora tem falado nas aulas de Matemática.
G: - Pitágoras de Samos??? Aquele do teorema do triângulo retângulo?
P: - Isso mesmo! O que sabe sobre mim?
G: - Na verdade, gostaria de confirmar algumas coisas que tenho aprendido a seu respeito. Você tem tempo?
P: - Que horas você precisa acordar?
G: - Às 6h:30, como sempre. Vou para a escola às 7h:30.
P: - Ah! Então temos bastante tempo. Vamos lá meu rapaz, o que você quer saber sobre mim?
Gabriel, pensou e logo engatilhou suas perguntas. Era um aluno muito esperto e se interessava pela História da Matemática.
G: - Quando e onde você nasceu?
P: - Eu nasci em 580 antes de Cristo, em Samos, uma das ilhas do Dodecaneso, no mar Egeu, mas passei uma grande parte da minha vida em Crotona na costa sudeste, chamada Magna Grécia.
G: - Hoje esse lugar fica no sul da Itália.
P: - Ah... mudou de nome.
G: - É verdade que você e seus discípulos criaram o nome “MATEMÁTICA”?
P: - Sim, é verdade. E esse nome significa: “TUDO QUE SE APRENDE”
G: - O que vocês queriam dizer com a frase: “O NÚMERO DIRIGE O UNIVERSO”?
P: - Você é um rapaz muito sabido, heim! Tem estudado bastante a meu respeito.
G: - Mas agora posso tirar todas as minhas dúvidas e incertezas, já que ficamos amigos, não é mesmo?
P: - O que não for secreto, poderei falar!
G: - Secreto!!!
P: - Bem, você me perguntou sobre o significado da nossa frase, não é. Com ela, queríamos dizer que tudo que existe na natureza pode ser explicado através dos números naturais.
G: - Então é verdade que você fundou uma sociedade secreta, que se assemelhava um pouco a um culto órfico (Diz-se dos dogmas, mistérios, princípios e poemas filosóficos atribuídos a Orfeu), exceto por suas bases matemáticas e filosóficas?
P: - Sim, foi quando me estabeleci em Crotona. Era a escola Pitagórica, éramos conservadores e tínhamos um código de conduta rígido. O vegetarianismo era imposto aos membros que frequentavam a escola.
G: - A minha professora disse que faziam isso porque o pitagorismo aceitava a doutrina da metempsicose, ou transmigração das almas. É verdade?
P: - Isso é secreto, não posso falar a respeito.
G: - É verdade que vocês tinham o hábito de comer lentilhas?
P: - Sim, isso é verdade.
G: - Na virada do Ano, minha mãe sempre recomenda para comermos uma colher de lentilhas, para ser um Ano Novo bem próspero.
P: - E isso é verdade?
G: - Não sei muito bem se funciona. Mas, em caso de dúvidas, é melhor comer!!!
P: - Bastante místico...
G: - Falando em misticismo, dizem que a ordem que você fundou era comunitária, além de secreta. Estudei que o conhecimento e propriedade eram comuns, por isso a atribuição de descobertas não era feito a um membro específico da escola e sim era dito contribuições dos Pitagóricos.
P: - Na antiguidade, todo o crédito das descobertas eram dadas em meu nome, mais tarde achamos mais justo falarmos em nome dos Pitagóricos, já que éramos uma sociedade.
G: - Sabe, Pitágoras, é difícil separar história e lenda no que se refere a vocês. Você em especial, representou tantas coisas para o povo, como por exemplo: filósofo, astrônomo, matemático, santo, profeta, milagreiro, mágico, charlatão...
P: - Nossa, por essa eu não esperava. Éramos apenas Pitagóricos e amávamos os números, tanto que o nosso lema era: “TUDO É NÚMERO”.
G: - Não fique triste com isso, porque você foi uma das figuras mais influentes da história é difícil negar, pois seus seguidores, seja iludidos, seja inspirados, espalharam suas crenças por quase todo o mundo grego. A propósito, o Teorema do triângulo retângulo, já era conhecido pelos babilônios dos tempos de Hamurabi, mais de um milênio antes de você, como explicaria essa história?
P: - O Teorema leva o meu nome (Teorema de Pitágoras) porque fui o primeiro a dar uma demonstração matematicamente geral dele.
G: - Agora me conta, é verdade que você sacrificou um boi (ou cem bois segundo outras versões) ao descobrir o teorema, como prova de gratidão aos deuses?
P: - Só vou afirmar-lhe que seguíamos as regras vegetarianas da escola...o resto você poderá deduzir.
G: - Não fique triste, deve ser lenda mesmo! Vamos falar de coisas alegres. Vamos falar de música. Você descobriu que a altura de um som tem relação com o comprimento da corda. Dê um exemplo disso para mim.
P: - Gabriel, você é um rapaz fantástico. Mas fique tranqüilo, não estou triste, sei que muitas coisas se tornaram lenda em relação ao meu nome. Na verdade, muitos documentos se perderam no tempo...Vamos ao exemplo, se dobrarmos o tamanho de uma corda que produz uma nota dó, obteremos a mesma nota, mais grave. Identifiquei também, as subdivisões necessárias para se obter as demais notas e os intervalos musicais.
G: - Que legal! Deixa eu te contar, em relação a Astronomia, você pensava que a Terra era uma esfera no centro do Universo, não é mesmo?
P: - Pensava?!?!
G: - Sim, pensava. Vou te explicar, Galileu Galilei, em 1613, através de um telescópio, demonstrou que a Terra, como todos os planetas do sistema solar, gira em volta do sol. A este movimento chama-se translação. Ele demora cerca de 365 dias, ou seja, um ano a dar a volta completa ao sol.
P: - E a Terra só faz esse movimento?
G: - Não, não. A Terra gira constantemente à volta do seu eixo com um movimento semelhante ao de um pião que dá voltas sobre si mesmo, no sentido contrário ao movimento dos ponteiros do relógio. Este movimento chama-se movimento de rotação. A terra demora 24 horas, ou seja, um dia, a dar uma volta sobre si mesma.
P: - Nossa, quantas descobertas, hein?! Qual será a velocidade que a Terra gira em torno de si mesma?
G: - Aproximadamente 1500 Km /h.
P: - Parabéns, Gabriel. Você deve ser um aluno muito aplicado na escola.
G: - É... tenho estudado bastante, ultimamente. Mas gostaria que você me explicasse o que são “Números Triangulares”
Nesse momento, Pitágoras que ainda estava em cima do coqueiro, começou a lançar cocos na areia sem parar.
P: - Olhe esses cocos, Gabriel!
G: - Estou olhando, e daí?
P: - Está percebendo os formatos de triângulos?
G: - Sim, cada vez maiores.
Segundo Helena Noronha Cury e Carlos Eduardo Mathias Motta, uma conversa imaginária, utilizada no ensino, pode e deve, para uma maior motivação, trazer elementos fantásticos, como a possibilidade de falar com alguém de outra era. No entanto, para que se possa introduzir o recurso das entrevistas no ensino, é necessário que a ficção tenha uma certa dose de credibilidade.
Dessa forma, há necessidade de muita pesquisa e muito estudo para desenvolver essa atividade de modo criativo, trazendo contribuições históricas relevantes para a sala de aula.
Ao apresentar esta conversa, de forma fantasiosa e motivadora, indico por “G” as intervenções feitas por um aluno, personagem fictício (meu filho Gabriel) e ‘P”, as de Pitágoras.
Fazia tempo que Gabriel não sonhava, naquela noite após ter feito suas tarefas que a Profª de Matemática havia passado, adormeceu. De repente, mal adormecera, ele estava caminhando por um vasto deserto, onde não havia nenhuma sombra e muito menos água,. Vestia apenas um calção azul, andou, andou, sentia sede, estava suando e já tinha bolhas nos pés, foi então que avistou um coqueiro solitário. Andou em sua direção, até alcançar o coqueiro. Então ouviu uma voz muito estranha que não lhe parecia familiar.
P: - Oi, Gabriel!
Olhou para cima e...Isso mesmo! Sentado no meio de um coqueiro, um homem estranho, balançando-se nas folhas.
G: - Quem é você? Perguntou Gabriel
P: - Não me conhece? Sou Pitágoras, aquele que sua professora tem falado nas aulas de Matemática.
G: - Pitágoras de Samos??? Aquele do teorema do triângulo retângulo?
P: - Isso mesmo! O que sabe sobre mim?
G: - Na verdade, gostaria de confirmar algumas coisas que tenho aprendido a seu respeito. Você tem tempo?
P: - Que horas você precisa acordar?
G: - Às 6h:30, como sempre. Vou para a escola às 7h:30.
P: - Ah! Então temos bastante tempo. Vamos lá meu rapaz, o que você quer saber sobre mim?
Gabriel, pensou e logo engatilhou suas perguntas. Era um aluno muito esperto e se interessava pela História da Matemática.
G: - Quando e onde você nasceu?
P: - Eu nasci em 580 antes de Cristo, em Samos, uma das ilhas do Dodecaneso, no mar Egeu, mas passei uma grande parte da minha vida em Crotona na costa sudeste, chamada Magna Grécia.
G: - Hoje esse lugar fica no sul da Itália.
P: - Ah... mudou de nome.
G: - É verdade que você e seus discípulos criaram o nome “MATEMÁTICA”?
P: - Sim, é verdade. E esse nome significa: “TUDO QUE SE APRENDE”
G: - O que vocês queriam dizer com a frase: “O NÚMERO DIRIGE O UNIVERSO”?
P: - Você é um rapaz muito sabido, heim! Tem estudado bastante a meu respeito.
G: - Mas agora posso tirar todas as minhas dúvidas e incertezas, já que ficamos amigos, não é mesmo?
P: - O que não for secreto, poderei falar!
G: - Secreto!!!
P: - Bem, você me perguntou sobre o significado da nossa frase, não é. Com ela, queríamos dizer que tudo que existe na natureza pode ser explicado através dos números naturais.
G: - Então é verdade que você fundou uma sociedade secreta, que se assemelhava um pouco a um culto órfico (Diz-se dos dogmas, mistérios, princípios e poemas filosóficos atribuídos a Orfeu), exceto por suas bases matemáticas e filosóficas?
P: - Sim, foi quando me estabeleci em Crotona. Era a escola Pitagórica, éramos conservadores e tínhamos um código de conduta rígido. O vegetarianismo era imposto aos membros que frequentavam a escola.
G: - A minha professora disse que faziam isso porque o pitagorismo aceitava a doutrina da metempsicose, ou transmigração das almas. É verdade?
P: - Isso é secreto, não posso falar a respeito.
G: - É verdade que vocês tinham o hábito de comer lentilhas?
P: - Sim, isso é verdade.
G: - Na virada do Ano, minha mãe sempre recomenda para comermos uma colher de lentilhas, para ser um Ano Novo bem próspero.
P: - E isso é verdade?
G: - Não sei muito bem se funciona. Mas, em caso de dúvidas, é melhor comer!!!
P: - Bastante místico...
G: - Falando em misticismo, dizem que a ordem que você fundou era comunitária, além de secreta. Estudei que o conhecimento e propriedade eram comuns, por isso a atribuição de descobertas não era feito a um membro específico da escola e sim era dito contribuições dos Pitagóricos.
P: - Na antiguidade, todo o crédito das descobertas eram dadas em meu nome, mais tarde achamos mais justo falarmos em nome dos Pitagóricos, já que éramos uma sociedade.
G: - Sabe, Pitágoras, é difícil separar história e lenda no que se refere a vocês. Você em especial, representou tantas coisas para o povo, como por exemplo: filósofo, astrônomo, matemático, santo, profeta, milagreiro, mágico, charlatão...
P: - Nossa, por essa eu não esperava. Éramos apenas Pitagóricos e amávamos os números, tanto que o nosso lema era: “TUDO É NÚMERO”.
G: - Não fique triste com isso, porque você foi uma das figuras mais influentes da história é difícil negar, pois seus seguidores, seja iludidos, seja inspirados, espalharam suas crenças por quase todo o mundo grego. A propósito, o Teorema do triângulo retângulo, já era conhecido pelos babilônios dos tempos de Hamurabi, mais de um milênio antes de você, como explicaria essa história?
P: - O Teorema leva o meu nome (Teorema de Pitágoras) porque fui o primeiro a dar uma demonstração matematicamente geral dele.
G: - Agora me conta, é verdade que você sacrificou um boi (ou cem bois segundo outras versões) ao descobrir o teorema, como prova de gratidão aos deuses?
P: - Só vou afirmar-lhe que seguíamos as regras vegetarianas da escola...o resto você poderá deduzir.
G: - Não fique triste, deve ser lenda mesmo! Vamos falar de coisas alegres. Vamos falar de música. Você descobriu que a altura de um som tem relação com o comprimento da corda. Dê um exemplo disso para mim.
P: - Gabriel, você é um rapaz fantástico. Mas fique tranqüilo, não estou triste, sei que muitas coisas se tornaram lenda em relação ao meu nome. Na verdade, muitos documentos se perderam no tempo...Vamos ao exemplo, se dobrarmos o tamanho de uma corda que produz uma nota dó, obteremos a mesma nota, mais grave. Identifiquei também, as subdivisões necessárias para se obter as demais notas e os intervalos musicais.
G: - Que legal! Deixa eu te contar, em relação a Astronomia, você pensava que a Terra era uma esfera no centro do Universo, não é mesmo?
P: - Pensava?!?!
G: - Sim, pensava. Vou te explicar, Galileu Galilei, em 1613, através de um telescópio, demonstrou que a Terra, como todos os planetas do sistema solar, gira em volta do sol. A este movimento chama-se translação. Ele demora cerca de 365 dias, ou seja, um ano a dar a volta completa ao sol.
P: - E a Terra só faz esse movimento?
G: - Não, não. A Terra gira constantemente à volta do seu eixo com um movimento semelhante ao de um pião que dá voltas sobre si mesmo, no sentido contrário ao movimento dos ponteiros do relógio. Este movimento chama-se movimento de rotação. A terra demora 24 horas, ou seja, um dia, a dar uma volta sobre si mesma.
P: - Nossa, quantas descobertas, hein?! Qual será a velocidade que a Terra gira em torno de si mesma?
G: - Aproximadamente 1500 Km /h.
P: - Parabéns, Gabriel. Você deve ser um aluno muito aplicado na escola.
G: - É... tenho estudado bastante, ultimamente. Mas gostaria que você me explicasse o que são “Números Triangulares”
Nesse momento, Pitágoras que ainda estava em cima do coqueiro, começou a lançar cocos na areia sem parar.
P: - Olhe esses cocos, Gabriel!
G: - Estou olhando, e daí?
P: - Está percebendo os formatos de triângulos?
G: - Sim, cada vez maiores.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Donald no País da Matemágica
Donald no País da Matemágica Parte 1
Donald no País da Matemágica Parte 2
Donald no País da Matemágica Parte 3
Sobre o Filme: Donald no País da Matemágica ("Donald in Mathmagic Land") é um curta de 27 minutos que estrela o Pato Donald, foi lançados nos EUA em 26 de junho de 1959, foi dirigido por Hamilton Luske. O filme foi disponibilizado para as várias escolas, e se tornou um dos mais populares filmes educativos já feitos pela Disney. Em 1959, foi indicado ao Óscar como Melhor Curta-documentário. Walt Disney uma vez, fez uma explicação sobre o filme: "The cartoon is a good medium to stimulate interest. We have recently explained mathematics in a film and in that way excited public interest in this very important subject." (O desenho é um bom meio para estimular o interesse. Nós recentemente temos explicado a matemática em um filme animado e, dessa forma estimulado o interesse do público neste assunto muito importante.)
Assistam e deixem seus comentários.
Filme: Power of ten
COMPLEMENTO:
Existe um filme de 9 min, chamado "Powers of ten", da autoria do casal Charles e Ray Eames de 1977, que trata do tamanho relativo do que existe no Universo, tendo como embasamento as potências de 10. Eles são considerados entre os mais importantes designers do mundo.
O filme começa com "um metro quadrado" da imagem de um piquenique, a câmera se move 10 vezes mais para longe a cada 10 segundos, chegando até o final do universo a viagem então se inverte, aproximando-se 10 vezes mais a cada 10 segundos, até atingir o interior de um átomo.
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